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Publicada em: 07 de fevereiro de 2022
Economia livre e controlada pelo governo: entenda as principais diferenças

Antes de falarmos sobre economia livre ou controlada pelo governo é importante entender historicamente como surgiram esses conceitos.

Entre os séculos XVI e XVIII, o absolutismo era o sistema político que predominava na Europa. O absolutismo defendia a ideia de que os monarcas deveriam deter o poder absoluto.  Dessa forma os monarcas tinham poder para tomar todas as decisões que favorecessem sua conveniência e aumentassem sua riqueza e poder. A autonomia real, portanto, tinha poderes para definir impostos, tributos, leis e até mesmo decisões religiosas. Foi durante este período que também surgiu o mercantilismo. 

 

O mercantilismo, de forma resumida, era um sistema político-econômico que através de práticas como metalismo, expansão marítima, geração de monopólios e outras práticas, fortaleciam ainda mais a intervenção do Estado sobre a economia e o aumento da sua riqueza. Esse modelo econômico também defendia que a riqueza de uma nação é medida por seu acúmulo de metais preciosos (ouro e prata). 

 

Como forma de contestação do sistema absolutista e do mercantilismo, surgiram algumas ideias que na época foram consideradas revolucionárias, como o liberalismo e o livre mercado. Um dos maiores economistas que discorreu e estudou o tema foi Adam Smith, conhecido também por ser o pai do capitalismo. 

 

Quem foi o pai do capitalismo e quais foram suas ideias

 

Adam Smith defendia além da liberdade política e religiosa, a liberdade econômica de uma nação, para que houvesse a redução dos abusos que os governantes realizavam apenas em prol de si e da burguesia.

 

O filósofo e economista britânico, em seu livro “A riqueza das nações”, trata sobre os conceitos de barganha e interesses próprios, que seria a capacidade de um indivíduo realizar negociações visando o seu próprio interesse. Porém com essa negociação, estaria satisfazendo não só os seus próprios interesses, como também inevitavelmente os interesses do próximo. 

 

Com as negociações crescentes, os indivíduos percebem que podem se especializar naquilo em que são bons, e assim param de fabricar seus próprios insumos e começam a se especializar na produção de algum bem ou serviço específico. 

 

O economista defende que com a especialização é possível realizar a divisão do trabalho e aumentar a produção de bens através de fábricas. Como consequência haveria o aumento de produtividade e a geração de riqueza para a nação, desde que essa nação seja bem ordenada.

 

Uma sociedade bem ordenada causa condições de perfeita liberdade, e como consequência dessa perfeita liberdade, o próprio mercado cria condições de igualdade econômica entre os indivíduos. Todos então, são livres para realizar seus próprios interesses, seguindo os ditames da justiça. Como consequência, haveria uma sociedade justa. 

 

Portanto, para Adam Smith, o livre mercado é capaz de regular o preço e a produção das mercadorias, através das leis naturais de procura e oferta, muito melhor que qualquer governo. Ao governo sobraria apenas a função de exercer as funções essenciais, sendo elas, segurança e administração da justiça.

 

Com um governo exercendo mínimas funções, teríamos um Estado mínimo, que não precisaria realizar a cobrança de elevados impostos aos cidadãos. Assim, a riqueza da nação seria produzida pelo trabalho das pessoas e não através das reservas de metais que a nação possui. 

 

Definição de economia livre ou livre mercado

 

O livre mercado seria, portanto, um modelo econômico, associado ao liberalismo, em que os indivíduos e as empresas possuem plena liberdade de escolha e negociação, com base na lei da oferta e procura, sem nenhuma intervenção do estado.  

 

Seguindo essa linha, não existiriam burocracias e impedimentos governamentais, haveria a concorrência livre entre as empresas possibilitando maior inovação e menor preço dos produtos e serviços, pois os consumidores teriam plena liberdade para escolher qual melhor opção para si. 

 

Atualmente não existe nenhum país que siga plenamente a ideologia do livre mercado, porque todas as economias possuem a intervenção do governo em algum nível que seja. O que é possível mensurar é o grau de liberdade que esses países possuem, e chegar à conclusão que geralmente países com maior liberdade de mercado, apresentam uma melhor saúde financeira.   

 

O completo oposto da economia de livre mercado, é a economia planificada, onde o Estado possui o total controle sobre a economia de um país. Dessa forma o Estado cria regras para gerir a economia, dita a produção de bens ou serviços, exerce controle sobre o mercado e mercadorias que entram no país e uma série de burocracias que acabam reduzindo o desenvolvimento da nação. Uma consequência deste modelo econômico é a implantação de empresas estatais, pois raramente uma empresa privada consegue sobreviver nesses padrões econômicos.  

 

Alguns exemplos de países que possuem economia planificada são: Cuba, Coréia do Norte, Vietnã. A China até pouco tempo atrás também possuía uma economia planificada, hoje ainda segue esse modelo, porém de forma levemente menor. 

 

Quanto pode ser prejudicial a uma economia quando o governo, por exemplo, intervém nos preços de produtos ou serviços?

 

O preço do barril de petróleo é definido no mercado internacional e cotado em dólar. Portanto, quando o preço do barril de petróleo sobe, consequentemente a gasolina tende a ter seu preço reajustado para cima. 

 

Se o Estado optar por intervir no preço da gasolina, por alguma razão específica, teremos uma empresa que paga um valor maior pelo barril de petróleo, porém não consegue repassar esse aumento ao consumidor. Se a situação se estender, poderemos ter uma empresa com prejuízos financeiros. 

 

Caso seja uma empresa privada nacional, poderá vir a falência, causando desemprego e prejuízos para a população. Se for uma empresa privada, com sede em outro país, poderá retirar sua filial do país em questão, gerando redução de concorrência local e consequentemente prejuízo para a população. Caso seja uma empresa estatal, o governo deverá cobrir o prejuízo, podendo ser através do aumento de alguma carga tributária, o que também seria prejudicial para a população. 

 

Não é apenas com a intervenção no preço de produtos ou serviços que um país faz intervenções na economia, é também através de burocracias para empresas privadas poderem operar no país, taxações extremas, altas cargas tributárias sem retorno a população, redução dos direitos de propriedade e outros exemplos.

 

Existe um ranking que classifica os países de acordo com sua liberdade econômica. Esse ranking é publicado anualmente pela The Heritage Foundation, que para chegar ao resultado, leva em consideração 12 fatores quantitativos e qualitativos dos 4 principais pilares da liberdade econômica: 

 

Estado de Direito: direitos de propriedade, integridade do governo, eficácia judicial;Tamanho do governo: gastos do governo, carga tributária, saúde fiscal;Eficiência regulatória: liberdade de negócios, liberdade de trabalho, liberdade monetária;Mercados abertos: liberdade comercial, liberdade de investimento, liberdade financeira.

 

Dentre 178 países que são analisados, no ano de 2021 o país com maior liberdade econômica de acordo com o ranking mencionado é Cingapura, seguido por Nova Zelândia e Austrália. Já os Estados Unidos ocupam a vigésima posição, enquanto o Brasil está na posição 143, seguido por Camarões, Malawi e Afeganistão. 

 

 


Escrita por: Select Pay - Máquinas de Cartões e Sistemas de Pagamentos
Notícia da Categoria: NOTíCIAS





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